Fragilidade dos Estados e os Desafios da (Re)construção e da Cooperação

De Apolinário Mendes de Carvalho

Sendo o essencial da investigação sobre os Estados com fragilidade dominada por investigadores do Norte, o debate carece de contribuições analíticas de investigadores dos Estados com profundas fragilidades que compõem a organização g7plus, da qual Timor-Leste e Guiné-Bissau são membros. Nesta perspetiva, esta obra é oportuna e bem-vinda, pois, se trata de uma contribuição analítica relevante, com uma visão do Sul sobre fatores endógenos e exógenos de fragilidade dos Estados, soberania e papel do Estado e interdependência entre segurança, estabilidade, desenvolvimento e democratização em contextos de Estados com profundas fragilidades. O autor, politólogo e diplomata, coloca o enfoque na problemática de reconstrução dos Estados, sobre a qual existe um certo consenso na comunidade internacional, como espelham as iniciativas no âmbito das Nações Unidas, revelando, contudo, as contradições e fraquezas das estratégias de statebuilding e os desafios e dilemas sobre modalidades e eficácia das intervenções externas, para o efeito, que decorrem de transferência de políticas. Esta obra é de leitura recomendada para quem se interessa da questão da fragilidade dos Estados, particularmente dos Estados com profundas fragilidades em África.  (…)

Por: José Ramos-Horta, Presidente da República Democrática de Timor-Leste, Prémio Nobel da Paz

Sinopse:

A (re)construção dos Estados com profundas fragilidades é examinada no quadro da ordem internacional liberal e a luz das contradições e dos dilemas que caracterizam as agendas políticas e securitárias dos atores externos. As contradições e fraquezas das agendas de intervenção externa, particularmente do statebuilding, e o debate sobre o paradigma do Estado para os países com profundas fragilidade merecem atenção.

O enfoque é colocado na fragilidade dos Estados em África, argumentando-se que podem ser explicadas, simultaneamente, por fatores endógenos e exógenos, ou seja, pelas dinâmicas internas de poder, construções e experimentações políticas, trajetórias históricas e consequências das intervenções externas que provocaram ou aceleraram a (des)construção e o disfuncionamento das instituições políticas, sociais e económicas.

As consequências das intervenções externas sobre o aumento da fragilidade dos Estados merecem particular atenção, num exercício de análise dos impactos das reformas económicas neoliberais e dos efeitos da liberalização política e democratização sobre a estabilidade, segurança e desenvolvimento em África.

(…) “Uma leitura elucidativa da complexidade que países como a Guiné-Bissau vivem em termos de escolhas de políticas de desenvolvimento num mundo assimétrico e desigual. Para os que se interessam sobre a natureza das várias crises que enfrentam esta é uma explicação sucinta dos fatores externos e da sua interconexão com a realidade local. Um esforço meritório e consequente da parte de um diplomata experimentado e engajado”. (…)

Por Professor Carlos Lopes, Escola de Governação Pública Nelson Mandela, Universidade da Cidade do Cabo

Sobre o autor

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